terça-feira, 4 de março de 2014

Ficha de análise de livro


ANALISE DE LIVRO DA META DE LEITURA

LITERATURA

 1. Identificação:
a) Autor:
b) Obra:
c) Edição
d) Editora
e) Local e data de publicação

 2. Pesquisa:
· Biografia do autor

3. Estrutura da Obra (QUANTOS CAPÍTULOS OU PARTES)
 a) Qual é o assunto - principal acontecimento sobre o qual gira a história.

4- Ao analisar o enredo, identifique o conjunto de fatos narrados nas seguintes fases:
 a)· Introdução – momento em que são apresentados os fatos iniciais; serve para situar o leitor diante do que irá ler.
b) Complicação – parte da história em que são desenvolvidos os conflitos.
c) Clímax – momento culminante da história, de maior tensão e suspense.
d) Desfecho – solução dos conflitos; resolução da complicação, da aventura.

5) Personagem – ser que vive a ação, responsável pelos acontecimentos da história. (você deverá caracterizá-los:
a) Quem é o personagem principal? -o mais importante no desenrolar do enredo.
b) Quem são os secundários? – personagens que tem uma participação menor ou menos frequente. É importante situar as características físicas, psicológicas, sociais etc. das personagens. A personagem principal pode ser protagonista quando apresenta características que a fazem sobressair em seu grupo, ou antagonista quando ela se opõe ao protagonista e atrapalha sua ação.

 6) Identifique e explique:
a) espaço onde ocorre a história – lugar onde se passam as ações das personagens.
b) ambiente – espaço com características sociais, econômicas, morais, psicológicas em que vivem as personagens.
c) Tempo - análise dos índices de tempo que o enredo apresenta.

O tempo pode ser caracterizado quanto à:
· Duração – tempo que a história levou a ocorrer.
· Época – pano de fundo da história. Quando a época é atual, basta justificar com elementos da atualidade; quando a época é antiga, pode-se e deve-se procurar uma correspondência com fatos históricos.

d) Narrador - identificação do ponto de vista ou foco narrativo, isto é, verificar se o narrador conta a sua própria história (1ª pessoa) ou conta à história de outras pessoas (3ª pessoa).

7. Resenha crítica
O leitor deve dar sua opinião a respeito da história, da estrutura da obra, do autor e da linguagem



Tipos e exemplos e argumentos

 
 



 

Tipo

 

 

Explicação

 

 

Exemplos

 

De autoridade

 

Reproduz declarações de um especialista, de uma pessoa respeitável (líder, artista, político), de uma instituição considerada autoridade no assunto.

 

O aumento no número de cobras encontradas em diversas cidades do país pode ser provocado pelo desmatamento e pela destruição do habitat natural desses animais. É o que explica o coordenador de fauna do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), João Pessoa Moreira, em declaração ao site G1 em 26 de novembro de 2009.

 

Exemplos

 

Relata um fato ocorrido com o autor ou com outra pessoa, para mostrar que o argumento defendido é válido

A demissão do senhor Vicente Francisco do Espírito Santo, da Eletrosul, em março de 1992, porque seu chefe pretendia “clarear o ambiente”, foi um caso emblemático de discriminação racial. O funcionário entrou com processo e foi reintegrado ao quadro funcional da empresa três anos depois.

 

Provas

 

Comprova seus argumentos com informações incontestáveis: dados

estatísticos, fatos históricos, acontecimentos notórios

Relatório da Organização das Nações

Unidas para a Agricultura e Alimentação indica que o desmatamento ocorrido no Brasil entre 2000 e 2005 responde por 42% da perda de áreas florestais no mundo. A informação foi publicada no site do Greenpeace em 26 de novembro de 2009.

 

Princípios ou

crença pessoal

 

Refere-se a valores éticos ou morais supostamente irrefutáveis.

.

 

A vida é sagrada e ninguém tem direito a retirá-la de outra pessoa. Por isso a pena de morte é inaceitável

De causa e

consequência

 

Afirma que um fato ocorre em decorrência de outro

Os abortos feitos de forma clandestina e insegura provocam sérios riscos à saúde da mulher, como a perda do útero, hemorragias e mesmo a morte.

 

 

 

 

O plural de arco-íris





Formar o plural dos substantivos e adjetivos compostos, às vezes, pode ser tarefa árdua. No substantivo composto ligado por hífen há várias regras. Uma consulta à mais recente edição do VOLP (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa) mostra que, ao lado do registro do substantivo masculino "arco-íris", está a indicação de seu plural: arcos-íris. 

A razão técnica para essa flexão no plural reside no fato de que arco-íris é um substantivo composto, formado por dois substantivos, e, quanto assim ocorre, o primeiro substantivo sempre varia no plural. Os dicionários Houaiss e Aulete Digital dizem que. E agora?

O respeitabilíssimo Houaiss e Aulete Digital afirmam ser "arco-íris" um substantivo masculino de dois números, ou seja, forma igual para singular e para plural. Já o dicionário Michaelis não tem um verbete de entrada para arco-íris, mas é possível achá-lo em arco. Ainda assim, não há indicação de número (se é singular e/ou plural). Fica a curiosidade de saber se sua versão anterior também tinha o plural distinto do singular...

Os sites que tratam do assunto são divergentes, assim como os dicionários e o VOLP. Este último é quem dá a grafia oficial das palavras na nossa língua, mas aqueles também não podem e nem devem ser ignorados. Parece razoável, na minha opinião, se ficarmos com as duas formas registradas: os arco-íris e os arcos-íris.


terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Níveis de linguagem


Texto de apoio sobre Linguagem coloquial e linguagem culta

 Em determinadas situações nem sempre é possível a informalidade, é preciso atentar e obedecer as regras gramaticais e usar uma linguagem mais formal, a linguagem culta.

Veja este exemplo:

- Vocês vão ao cinema?

- Ela não lhe disse? Nós vamos acampar.

-Acampar? Só vocês dois?

É. Qual é o galho?

- Não...é que sei lá.

- Já sei o que você tá pensando, cara. Saquei.

- É! Você sabe como é...

- Saquei. Você está pensando que só nós dois, no meio do mato, pode pintar um lance.

- No mínimo isso. Um lance, até dois.

                                                                         Verísssimo, Luis Fernando. O Analista de Bagé. Porto Alegre. Porto Alegre. L&PM, 1981.

      Nesse diálogo foram utilizadas expressões e construções linguísticas coloquiais que em nada comprometem a comunicação entre os falantes. Na apresentação de um relatório, o uso dessas expressões seria um desastre. Observe:
       Durante o projeto, pode pintar um lance, a falta de verbas, por exemplo.  Esse galho, no entanto, pode ser resolvido se os diretores sacarem para a possibilidade de se recorrer a empréstimos estrangeiros.
     Durante o projeto, pode haver alguns obstáculos, a falta de verbas, por exemplo? Esse problema, no entanto, pode ser resolvido se os diretores atentarem para a possibilidade de se recorrer a empréstimos estrangeiros.

      Esses exemplos demonstram que é importante adequar o nível de linguagem à situação em que se produz o ato da fala. É importante o conhecimento da linguagem culta  para ter a possibilidade de expressar ideias de diferentes formas, de ampliar conceitos e, sobretudo, de ser mais bem compreendido.
    Quando falamos, as palavras saem espontaneamente, obedecem a estímulos variados, utilizamos palavras que fazem parte do nosso acervo vocabular que nem sempre são suficientes  para o próprio ato da fala. Já para escrever, precisamos organizar cuidadosamente o pensamento, buscar palavras e frases inteiras que representem ideias e exteriorizem sentimentos e manifestem desejos e vontades.

     Considerando essas diferenças não devemos pretender escrever como se fala, pois falar e escrever  são dois tipos de comunicação bem distintos. Escrever é o resultado de um processo de elaboração linguística, é uma tarefa que exige concentração, conhecimentos gramaticais, ainda que mínimos e, sobretudo, criação; é preciso criar um texto escrito.

     Os estudos dos aspectos da linguagem, falda e escrita, e das leis que a regem recebem o nome de gramática normativa. É essa gramatica oficial que estabelece os padrões cultos da língua. Paralela a essa  gramática existe uma gramática natural, isto é, estabelecida pelos próprios falantes da língua, como alerta o professor Celso Luft a seguir:

     Naturalmente , há variantes de gramática, conforme o grau de cultura ou nível sócio cultural do falante, mas todas elas, mesmo de nível mais baixo, são completas em si, dispõem de todos os elementos de que as pessoas necessitam para fazer frases e comunicar-se.

 LUFT, Celso Pedro. Língua e Liberdade: por uma nova concepção da Língua materna e Seu Ensino, Porto Alegre, L&PM, 1985